quarta-feira, 4 de julho de 2012

Morador de favela metralha base da Guarda Civil

Quase 12 horas após o ataque à Base da Guarda Civil da Pauliceia, em Piracicaba - alvo de vários tiros de calibre nove milímeros - policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) esclareceram todo o fato e chegaram à conclusão de que o crime aconteceu em represália a um confronto registrado no dia 26 do mês passado, entre guardas civis e moradores da região favela da Portelinha, ocasião em que um adolescente ficou ferido.

Durante a permanência de investigadores na favela, as quais tiveram início às 8h30 desta quinta-feira (5), os policiais descobriram que o suspeito de atirar na Base tem 16 anos e é conhecido como “Menor”. Foram até o barraco em que ele mora, não o localizaram, mas apreenderam a arma nove milímetros municiada, espingarda calibre 12, revólver calibre 38, colete à prova de balas, um tijolo de crack, um de maconha, e 907 porções de droga já prontas para a venda.

Um Guarda de 45 anos conseguiu esconder-e atrás do balcão, mas contou que um dos tiros passou raspando uma de suas pernas.
Outros acertaram a porta de vidro e uma viatura, porém sem comprometer o atendimento, segundo o comandante da Guarda, capitão Silas Romualdo. 'A Base vai funcionar normalmente, porque acreditamos mesmo em retaliações”, declarou o capitão Silas.

Como foi
Enquanto os policiais percorriam a área da favela em busca de informações, um homem de 28 anos apresentou-se na DIG dizendo que era ele quem pilotava a moto para um adolescente de 16 anos, apelidado de “Menor”, e que foi quem disparou contra a Base.

O homem contou ao delegado Wilson Lavorenti que mora em Limeira e veio a Piracicaba para tratamento de dependência química. Ficou numa clínica local e, na noite de anteontem, numa abstinência por falta de entorpecente saiu pelas ruas da cidade procurando uma “boca” pra comprar drogas.

Disse que chegou na Portelinha e encontrou “Menor”. Como não tinha dinheiro para pagar a droga ofereceu qualquer serviço em troca para poder sustentar o vício. Foi quando “Menor” disse que precisava que ele - dono da moto - o levasse até a Base da Guarda e, em troca, daria entorpecente para o usuário.

Ele aceitou e seguiu para a unidade da Pauliceia levando “Menor” na garupa. Disse que, como não queria acertar o Guarda, passou rapidamente na frente da Base. “Menor” teria feito ele voltar e passar mais devagar, momento em que ele deu os tiros. Como colaborou com tudo, o homem não foi preso em flagrante pelo delegado Wilson Lavorenti, mas vai responder processo. A polícia tenta agora prender o “Menor”.

Fonte: RAC.com.br
http://www.rac.com.br/noticias/nacional/135537/2012/07/04/morador-de-favela-metralha-base-da-guarda-civil.html

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